
A 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública foi divulgada, apresentando um declínio de 5,4% nas mortes intencionais no Brasil em 2024, porém um aumento preocupante de 19% nos feminicídios.
O relatório inclui dados de homicídios dolosos, roubos que resultaram em morte, lesões corporais que levaram à morte, mortes decorrentes de intervenções policiais e mortes de policiais em serviço e fora de horário de trabalho.
O anuário é elaborado por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e baseia-se em informações fornecidas pelos governos estaduais, Tesouro Nacional, polícias civil, militar e federal e fontes oficiais da Segurança Pública.
Em 2024, a maioria das pessoas assassinadas era de homens (91,1% das ocorrências), negros (79%), pessoas de até 29 anos (48,5%), vítimas de armas de fogo (73,8%) em via pública (57,6%).
Apesar da diminuição geral de mortes violentas intencionais, as estatísticas de feminicídio bateram novamente o recorde da série histórica, com um aumento de 0,7% de casos em 2024 em comparação com 2023.
Quase a totalidade das vítimas de feminicídio (97%) foi assassinada por homens. Dentre os 18 estados que registram essa informação, cerca de 9% dos feminicídios foram seguidos de suicídio do autor.
Em 2024, 6.243 pessoas foram mortas pelas polícias brasileiras, o que representa 14,1% do total geral de mortes violentas intencionais do país no período. Os casos de letalidade policial no estado de São Paulo tiveram um aumento de 61% no último ano.